sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

COMO VIVER NA DIMENSÃO DA ETERNIDADE

TEXTO: 2 COR 4:16-18
INTRODUÇÃO:

• Se há uma pergunta difícil de respondermos é a dúvida sempre presente quando pessoas passam por grandes sofrimentos.
• Por quê? Por que acontece? Por que comigo? Por que desta forma?
• Também na nossa caminhada de fé temos diversas questões deste tipo que nos cerca. Se, estamos servindo a Deus por que enfrentamos tanta luta? Se maior é o que está em nós do que o está no mundo, por que tantas aflições?
• Na segunda carta aos Coríntios o Apóstolo Paulo trata com profundidade as questões das aflições externas, e conclui o texto abordando sobre a eternidade. Entendendo a dinâmica das Aflições Externas: (2 Coríntios 4:8,9)
• Paulo apresenta nestes dois versículos algumas aflições pelas quais ele estava passando ou passou durante seu ministério:
• Atribulados (pressionados - NVI), porém não angustiados (desanimados - NVI);
• Perplexos, porém não desanimados (desamparados - NVI);
• Perseguidos, porém não desamparados (abandonados - NVI);
• Abatidos, porém não destruídos.

1. DEFININDO AS AFLIÇÕES EXTERNAS (2 Coríntios 4:8,9)

A. ATRIBULADO, porém não ANGUSTIADO. Tribulação: Aflição, adversidade, sofrimento, amargura, trabalho. A NVI traduz por pressionados, Angústia: Estado de grande inquietude que parece apertar o coração.
B. PERPLEXO porém não DESANIMADO Perplexo: Espantado, admirado, atônito. Desanimado: Que perdeu o ânimo, a coragem. Que revela desânimo, desalento.
C. PERSEGUIDO porém não DESAMPARADO Perseguido: Ato ou efeito de aborrecer, incomodar, importunar. Perseguição também pode significar: Tratamento injusto e cruel, dispensado a determinado grupo social. Desamparo: Falta de amparo, de proteção, abandono.
D. ABATIDO porém não DESTRUÍDO Abatido: Cansado, fatigado. Fadiga: Cansaço resultante de trabalho intenso ou contínuo. Destruído: Arruinado, demolido, derribado, derrotado, desbaratado...

2. OBJETIVO DAS AFLIÇÕES EXTERNAS.

• Aprendemos aqui que de alguma forma existe uma intenção por trás das aflições externas. Por um lado Satanás usa delas para nos conduzir a uma vida derrotada e caracterizada pela angústia, desânimo, desamparo e destruição.
• TRIBULAÇÃO conduzir a ANGÚSTIA
• PERPLEXIDADE conduzir a DESÂNIMO
• PERSEGUIÇÃO conduzir a DESAMPARO
• ABATIMENTO conduzir a DESTRUIÇÃO

3. REAÇÕES DESEJADAS ANTE AS AFLIÇÕES EXTERNAS - 2 Cor 4:16-18

• Por outro lado Paulo nos ensina três reações que devemos ter ante as Aflições Externas que nos ajudarão a manter-nos firmes nos propósitos de Deus:

1. Não desanimar: Homem Interior Renovado Dia a Dia (v.16)
2. Focar naquilo que não se vê: Valores Eternos em contraste com os temporais v.17
3. Focar o viver na Visão de Fé: Atentar para as coisas que se não veem (v.18 cf 5:7)

• Diante deste quadro de crises externas por causas das tribulações, O apóstolo Paulo termina este capítulo nos ensinando a viver na dimensão da eternidade. Nossos pés estão na terra, mas nosso coração está no céu. Vivemos neste mundo como peregrinos, mas estamos a caminho da nossa Pátria permanente.

TRANSIÇÃO: Três verdades saltam aos nossos olhos no texto em apreço. Essas verdades nos direcionam nessa caminhada rumo à glória.

1) TEMOS UM CORPO FRACO, MAS UM ESPÍRITO RENOVADO. 2Co 4.16 “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia”.

• Nossa fraqueza física é notória e indisfarçável. O tempo esculpe em nossa face rugas profundas. Nossas pernas ficam bambas, nossos joelhos trôpegos e nossas mãos descaídas. Cada fio de cabelo branco que surge em nossa cabeça é a morte nos chamando para um duelo. Ecl 12: 1-6
• Nosso homem exterior, ou seja, nosso corpo enfraquece-se progressivamente. Mas, ao mesmo tempo, nosso homem interior, ou seja, nosso espírito renova-se de dia em dia, sendo transformado de glória em glória na imagem de Cristo. Ao mesmo tempo em que o nosso corpo se enfraquece, nosso espírito se fortalece.
• Na mesma proporção que o exterior se corrompe, o interior se renova. Temos um corpo fraco, mas um espírito forte.

2) TEMOS UM PRESENTE DOLOROSO, MAS UM FUTURO GLORIOSO. 2Co 4.17 “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação”.

 Aqui pisamos estradas juncadas de espinhos, cruzamos vales escuros e atravessamos desertos tórridos. Aqui nossos olhos ficam empapuçados de lágrimas e nosso corpo geme sob o látego da dor.
 Aqui enfrentamos ondas encapeladas, rios caudalosos e precisamos atravessar fornalhas ardentes. Aqui sofremos, choramos e sangramos. Porém, em comparação com a glória por vir a ser revelada em nós, nossas tribulações são leves e passageiras.
 O presente é doloroso, mas o futuro é glorioso. Nosso destino final não é um corpo caquético, mas um corpo de glória. Nossa jornada não termina num túmulo gélido, mas na Jerusalém celeste. Nosso fim não é a morte, mas a vida eterna. O nosso futuro de glória deve encorajar-nos a enfrentar com alegria a nossa presente tribulação.
 O que seremos deve nos encher de esperança para arrostar as limitações de quem somos. Vivemos na dimensão da eternidade!

3) TEMOS AS COISAS VISIVEIS QUE SÃO TEMPORAIS, MAS AS COISAS INVISIVEIS QUE SÃO ETERNAS. 2Co 4.18 “Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas”

 O visível e tangível que enche nossos olhos e tenta seduzir nosso coração é aquilo que não vai permanecer. Tem prazo de validade e não vai durar para sempre.
 Mas, as coisas que não vemos são as que têm valor e vão permanecer para sempre. Investir apenas naquilo que é terreno e temporal é fazer um investimento insensato, pois é investir naquilo que não permanece.
 Investir, porém, nas coisas invisíveis e espirituais, é investir para a eternidade. Jesus diz que devemos ajuntar tesouros lá no céu, pois o céu é nossa origem e nosso destino. O céu é nosso lar e nossa pátria. Nosso Senhor está no céu. Muitos dos nossos irmãos já foram para o céu e nós, que fomos remidos e lavados no sangue de Jesus estamos a caminho do céu.
 Lá está o nosso tesouro. Lá está a nossa herança. É lá que devemos investir o melhor do nosso tempo e dos nossos recursos. Atentar apenas nas coisas que se veem e que são temporais é viver sem esperança no mundo; mas buscar as coisas que os olhos não veem nem as mãos apalpa é viver na dimensão da eternidade, com os pés na terra, mas com o coração no céu!

CONCLUSÃO:
• 2 Coríntios 4: Os versículos 17-18 nos apontam o método para viver na dimensão da eternidade (ter um foco correto):
• “Não atentando nós ...” nos aponta para a questão do nosso foco. A nossa necessidade é ter foco. Nós temos que manter nossos olhos no Senhor e nas realidades eternas que se tornam reais se vivemos na Palavra, guardamos e meditamos nela diariamente. “Atentar” é skopew, que significa “prestar atenção em, fixar contemplação sobre, concentrar atenção em”.
Filipenses 3:12-21 Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas vou prosseguindo, para ver se poderei alcançar aquilo para o que fui também alcançado por Cristo Jesus. 13 Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante, 14 prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus. 15 Pelo que todos quantos somos perfeitos tenhamos este sentimento; e, se sentis alguma coisa de modo diverso, Deus também vo-lo revelará. 16 Mas, naquela medida de perfeição a que já chegamos, nela prossigamos. 17 Irmãos, sede meus imitadores, e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós; 18 porque muitos há, dos quais repetidas vezes vos disse, e agora vos digo até chorando, que sãoinimigos da cruz de Cristo; 19 cujo fim é a perdição; cujo deus é o ventre; e cuja glória assenta no que é vergonhoso; os quais só cuidam das coisas terrenas. 20 Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo, 21 que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, segundo o seu eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas.
“Alvo” é skopos, a forma substantiva de skopew. Skopos se refere a um sinal ou marca no qual focar ou fixar os olhos, o alvo.

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