Am 4:12
INTRODUÇÃO:
· O profeta Amós (significa
"carregado" ou "carregador de fardos) exerceu o seu ministério
em Israel no século VIII A.C, e foi contemporâneo dos profetas Jonas e Oséias. Ele revela quatro fatos importantes a
respeito de si mesmo em 1.1.
1) Era boieiro e cultivador de sicômoros em Tecoa, aldeia de Judá,
situada a cerca de 20 km ao sul de Jerusalém (ver 7.14).
2) Ele "via" suas mensagens são visões proféticas
a respeito de Israel, o Reino do Norte. Embora fosse leigo e não
tivesse o status de profeta, nem por isso deixou de ser chamado por Deus para
profetizar à rebelde Israel.
3) O ministério de Amós, em Israel, foi desempenhado
durante o reinado de Uzias, em Judá, e Jeroboão II, em Samaria.
4) Ele profetizou
durante os dois anos que antecederam o terremoto. A arqueologia apresenta
diversas evidências que provam a ocorrência de um terremoto de grandes
proporções, nesse período, em várias localidades de Israel, inclusive Samaria.
· CONTEXTO DOS DIAS DE AMÓS. Socialmente. Os inimigos militares estavam
quietos ou haviam sido esmagados. A Assíria havia derrotado a Síria, permitindo
que Jeroboão II ampliasse suas fronteiras (II Rs. 14.25). O comércio trouxe
novo surto de riquezas. Tanto Judá (ao sul), quanto Israel, ao norte,
cresceram, e o reino de Israel combinado com o de Judá chegou a Ter quase as
mesmas dimensões que tivera na época de Davi e Salomão, a era áurea de Israel. Internamente, porém, estava
podre.
TRANSIÇÃO: Amós
no capítulo 4 nos fala de um encontro com Deus e de um acerto de contas. PORQUE DEUS ESTÁ CHAMANDO ISRAEL A UMA
AUDIÊNCIA?
1.
ISRAEL VIVIA A CORROSÃO DOS VALORES
MORAIS (4.1-3).
·
Israel
estava vivendo obstinadamente no pecado. Tornara-se pior do que as nações
pagãs. Tinha caído num poço mais profundo do que aqueles que sempre viveram
mergulhados nas trevas.
·
Amós menciona alguns desses terríveis
pecados:
1) O culto ao corpo
(4.1). As vacas de
Basã eram notórias por sua condição de beleza e carne para o abate. Ao chamar
as mulheres de Samaria de vacas de Basã Amós está dizendo que elas só se
preocupavam com o corpo, com a aparência, com a sensualidade e prazer. Era uma geração hedonista que vivia
para atender os desejos do corpo. Era o corpo e não a alma que
preenchia as suas horas ativas.
2) A busca desenfreada do prazer (4.1). As mulheres viviam entregues à bebedeira. Entregavam-se aos excessos,
em festas caras e requintadas. A vida girava em torno do prazer. Essas
“mulheres da sociedade” passavam todo o dia ociosas, bebendo vinho e dizendo
aos maridos o que fazer. Era uma geração que buscavam o prazer a qualquer
preço.
3) A ganância insaciável aliada à opressão do pobre (4.1).
As mulheres instruíam e empurravam seus maridos para tomar o pouco do pobre a
fim de alimentarem sua ganância e satisfazerem seus desejos carnais. Os pobres
e os necessitados eram despojados e oprimidos sem escrúpulos de consciência.
4) A inversão dos papéis no casamento (4.1). Os
homens estão sendo mandados pelas mulheres e o estão fazendo pelos piores
motivos. As mulheres são as que determinam o rumo da sociedade.
Elas sempre foram às guardiãs finais da moral, da moda e dos padrões. Amós pode
tomar o pulso da sociedade examinando suas mulheres.
Obs: não é
errado ter um corpo sadio e bem cuidado, também não é errado usufruir de certos
prazeres nem ser bem sucedido, o
errado é saciar a alma buscando somente os prazeres da terra e deixar o
Espírito vazio. A alma só se farta com as coisas do céu.
2.
ISRAEL VIVIA A HIPOCRISIA NA PRÁTICA
RELIGIOSA (4.4,5).
·
Tanto a vida social quanto a vida religiosa eram governadas pelo mesmo
princípio, o hedonismo.
·
Amós faz um diagnóstico da
religiosidade israelita:
1) Uma religião eivada pelo sincretismo (4.4,5).
O rei Jeroboão I construiu novos santuários em Betel e Dã e ali introduziu um
bezerro de ouro para o povo adorar. A idolatria foi assimilada no culto. O povo
queria chegar até Deus por meio de um ídolo.
·
Houve
um mistura do culto cananita (adoração do bezerro) com o culto ao Senhor.
·
O
pragmatismo se interessa pelo que dá certo e não pelo que é certo. Ele busca o
que dá resultados e não o que é verdade. Ele tem como objetivo agradar o homem
e não a Deus.
2) Uma religião fortemente ritualista (4.4,5).
A expressão externa do culto era meticulosamente observada. Eles faziam seus
sacrifícios, traziam suas ofertas, entregavam o dízimo, celebravam suas festas,
mas tinham perdido o foco.
Obs: Oferta
sem vida é abominação para Deus. Primeiro apresentamos a vida no
altar, depois trazemos nossa oferta. Se Deus rejeitar a vida, ele não aceita a
oferta.
·
Há muito zelo pela forma e pouco cuidado com a vida. Há muito cuidado com a tradição e
pouco com a verdade. Há muita preocupação com a forma e quase nenhuma com a
motivação. Mas, essas exterioridades são meios e não fins.
3) Uma religião debaixo do desgosto e reprovação de Deus (4.4,5).
O profeta Amós se dirige aos peregrinos de forma irônica Am 4.4: “Vinde a Betel e
transgredi, a Gilgal, e multiplicai as transgressões…”.
·
Betel significa “Casa de Deus”, lugar de encontro com Deus e de
transformação de vida. Mas, agora Betel era o “santuário do rei”, onde Amazias,
o sacerdote, servia. Eles frequentavam o templo, mas não adoravam a Deus. Eles
traziam ofertas, mas não o coração.
·
Gilgal significa o lugar da posse da
bênção, o lugar da conquista e da vitória. Mas, eles vinham a Gilgal e voltavam vazios, as
aparências indicavam que Israel passava por um reavivamento espiritual.
Multidões se dirigiam aos “lugares sagrados”, levando sacrifícios e dízimos e
até entoavam cânticos de louvor ao Senhor. Eles ofereciam sacrifícios
frequentemente para provar que eram espirituais. Mas, Deus busca verdade no
íntimo, e não hipocrisia na vida de culto.
3.
ISRAEL VIVIA A OBSTINAÇÃO DIANTE DA
DISCIPLINA (4.6-11).
·
Enquanto
os israelitas estiveram ocupados fazendo dinheiro, armazenando-o para o futuro
e sendo extraordinariamente religiosos, Deus por sua vez, estivera ocupado
também com a estranha ocupação de enviar a
fome (4.6) e a seca (4.7), doenças e praga de gafanhotos (4.9), epidemias
(4.10a), guerra (4.10b) e terremoto (4.11).
·
Deus usou todos os meios para chamar o
seu povo ao arrependimento.
·
A
religião sem arrependimento mata, mas a religião centralizada no arrependimento
dá a vida.
·
Israel não ouviu a voz dos profetas
nem a voz da disciplina. Cinco vezes Amós repetiu a mesma resposta do povo ao chamado de Deus Am 4:6,8,9,10,11: “Contudo, não vos convertestes a mim, disse o Senhor”. O coração
impenitente entesoura ira para o dia do juízo.
è Obs. Os fenômenos naturais e os acontecimentos
históricos são trombetas de Deus chamando o homem a voltar-se para ele.
ü A obstinação do povo de Israel pode ser percebida por três motivos.
1) Eles se recusaram a crer que suas punições tinham relação com seu pecado. Eles atribuíam essas calamidades a
fatores naturais ou até a causa acidental.
2) O sofrimento por si mesmo não pode levar o pecador ao arrependimento. O mesmo sol que amolece a cera
endurece o barro. O mesmo sofrimento que a uns quebranta, a outros endurece.
3) O amor ao pecado é mais forte do que o temor do sofrimento. O diabo promete felicidade através
do pecado, mas este traz a ruína e a morte. O povo preferiu fugir de Deus em
direção ao pecado, do que do pecado em direção à Deus.
è Obs:
Não obstante a dureza de coração Deus
convoca a audiência (4.12).
ü A obstinação no pecado desemboca em
juízo inevitável. Um pouco mais e o juízo vai chegar.
ü Jesus falou de um homem que se
preparou para viver, mas não se preparou para morrer. Ajuntou bens e disse: “Agora, ó minha alma regala-te por longos
anos”. Mas enquanto refestelava-se com sua abundância, ouviu uma voz a
trovejar-lhe na alma: “Louco! Esta noite
te pedirão tua alma, e o que tens preparado para quem será?”.
Obs: Amós profetizou e voltou para o seu gado, caiu no esquecimento,
todavia 30 a 40 anos depois veio o juízo, A Síria conquistou Israel e os assírios conduziram
prisioneiros por cordas presas a anéis ou ganchos no nariz ou nos lábios os
Israelitas.
CONCLUSÃO:
Há cinco indicações que evidenciam uma
nota da graça de Deus.
1) “prepara-te… para te encontrares com o teu Deus”. Oportunidade divina.
2) “teu
Deus”. Amós apresenta à nação o
Deus da aliança. Ainda há esperança.
3) “Ele faz da manhã trevas”. Ele transforma tragédia em bênção.
·
Amós
automaticamente coloca misericórdia e graça redentora no primeiro.
·
Deus
chama seu povo mais uma vez. Para os arrependidos o caminho está totalmente
livre; esses ainda podem fugir da ira vindoura.
·
Deus convoca porque ele é Rei. É Ele quem forma os montes, e cria o
vento, e declara ao homem qual é o seu pensamento. Ele toma a escuridão da
noite e transforma em claridade. Ele arrebata do fogo um tição e faz dele um
instrumento para sua glória.
Ele pisa os altos da terra. Deus é
soberano não apenas no céu, mas também na terra. Ele dirige não apenas a sua
igreja, mas o universo.
CONTATOS COM O PASTOR NILTON JORGE
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